segunda-feira, 28 de maio de 2012

Petra, o tesouro escondido dos Nabateus

É sabido que no Médio Oriente encontramos os vestígios de algumas das mais esplendorosas e espetaculares cidades romanas, tais como Palmyra (Síria), Jerash (Jordânia), Baalbek (Líbano) ou Ephesus (Turquia). Mas existe uma que se destaca de todas estas: Petra é o seu nome.

Além dos gregos e dos romanos, que povo teria construído esta fabulosa cidade sem igual, moldada e construída sob pedra avermelhada? Um dos mais misteriosos, é certo. Quase todos apontam os Nabateus como os responsáveis por esta construção imponente. Pouco se sabe sobre este povo e, embora existam inúmeras teorias, a que reúne mais consenso entre os investigadores é que seriam descendentes de beduínos nómadas que numa determinada altura fixaram-se na área como agricultores, por volta do sec. VI A.C. Especializaram-se em dois factores que se julga ter sido a chave do sucesso para construir o seu império: o aproveitamento de recursos hídricos através de uma rede de canais e o controlo das rotas comerciais de caravanas de Damasco para a Península Arábida, que transportavam especiarias, seda e escravos.


Após a sua época dourada, Petra perdeu a sua importância e até aos dias de hoje pouco se sabe que destino teve este povo. Apenas em 1812 Petra foi redescoberta por acidente por um explorador Suíço, de nome Burckhardt.




A entrada para esta cidade antiga faz-se através do siq, um canyon esguio e alto, que permite no entanto passar alguns raios de luz, suficientes para nos guiar os passos de forma a descobrir todos os segredos de Petra. Diria que uns bons 2 a 3 dias serão necessários para fazer justiça a este espaço único.
Senti que estava a fazer história, pelo menos no meu livro pessoal. Talvez por ter lido tanto sobre este espaço e ao mesmo tempo recordar-me dos tempos de criança quando vi o filme do Indiana Jones em que atravessa o siq a cavalo.

Senti algo mais forte à medida que o ia atravessando e aos poucos tudo se revelava perante mim. Por teimosia, faço questão de visitar todos os cantos e recantos. Se encontrar um entroncamento faço questão de seguir a intuição para depois de terminado, regressar ao ponto de partida e seguir a outra opção. Especialmente quando sinto algo de mágico num local e que sinto que poderá ser a última vez que ali estarei.


O conhecido e reconhecido Tesouro (Al-Khazneh), situado numa praça logo após percorrer todo o siq, que tem uma extensão de 1.2 quilómetros.


Os Nabateus fizeram um trabalho incrível ao esculpir na rocha os mais diversos edificios, encontrando-se neste espaço gigante, palácios, templos, tumulos, estabulos ou celeiros.




O fabuloso Mosteiro, que presenteia os mais pacientes ao pôr do sol com uma luz magnifica a incidir na rocha.


Confesso que sem haver coincidência nenhuma, Petra foi dos poucos sitios em que regressei na minha viagem pelo Médio Oriente.

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